Dos 4 até os 13 anos, uma criança foi estuprada pelo padrasto com a conivência da própria mãe na Grande Florianópolis. A menina foi mantida em cárcere privado, com abusos físicos e psicológicos durante o período. Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), no início deste ano ela denunciou os crimes à avó paterna, revelando que a mãe a havia “dado” ao padrasto em troca de “bancá-la”.
O casal foi preso de forma preventiva no dia 17 de junho, a pedido da 1ª promotoria de Justiça de Tijucas. Um dia depois, o MPSC denunciou o padrasto e a mãe da criança pelos crimes, que ocorreram entre 2015 e 2024, em diferentes municípios onde a família residiu. Agora, ambos são réus.
No dia em que denunciou o caso à avó, a menina entregou um diário na delegacia, com detalhes do que passou durante os 10 anos que sofreu abusos. O padrasto é acusado de estupro de vulnerável, praticado quase todos os dias, com conjunção carnal, ameaças de morte e uso de força física.
A mãe teria ignorado uma denúncia da menina quando houve o primeiro abuso sexual, aos seis anos, e facilitado os atos. Ela chegou a presenciar os abusos e obrigou, em algumas ocasiões, a filha a permanecer sozinha com o homem.
Indenização à criança
A menina também teria passado por maus-tratos, sendo agredida com vassouras, fios e cintos, além de passar por queimaduras e ser privada de alimentação. Ela era trancada em casa, sem acesso a telefone para que não denunciasse o crimes, era obrigada a tomar bebidas alcoólicas e fumar cigarros, e presenciava atos sexuais do padrasto e da mãe.
Agora, o Ministério Público pede, além da condenação penal pelos crimes, o pagamento de indenização mínima de R$ 100 mil por danos morais à criança e a perda do poder familiar.
Fonte: NSC

​