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28/10/2025 11:18

74 anos de amor, fé e companheirismo: a história de Ordálio e Ótilia Surdi

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No dia 3 de outubro de 1951, em Vista Alegre, uniram-se em matrimônio Ordálio e Ótilia, começando uma caminhada que já dura 74 anos. Uma vida inteira compartilhada, marcada por amor, trabalho, fé, música e família.
Ótilia, vinda ainda criança de Santa Tereza (Bento Gonçalves/RS), cresceu em meio aos irmãos ajudando na lida da casa e carregando responsabilidades desde cedo. Ordálio, natural de Linha São Roque (Capinzal), teve uma infância simples, próximo da família.
Desde jovens dividiram o cotidiano em Vista Alegre — separados apenas pelo rio que cortava as propriedades, mas unidos pela convivência diária. Não demorou para que a amizade de infância se transformasse em amor: aos 18 anos dele e aos 16 dela começaram a namorar. Após um ano e meio de namoro, casaram-se em uma cerimônia dupla com os irmãos Alípio e Anísia Surdi, companheiros de vida e de história.
Da união, nasceram três filhos — além de Nelsa Marilet, filha adotiva que chegou como resposta a uma promessa de fé feita quando o casal ainda não conseguia ter filhos. A adoção foi o início de uma bênção maior: vieram em seguida Nelci, Nilson e Nelceni, completando a família que hoje já conta com 8 netos e 2 bisnetas.

A vida no campo foi o alicerce da família. Ordálio e Ótilia sempre trabalharam na agricultura, cultivando milho, feijão, arroz, trigo, mandioca, batata-doce e um parreiral para o vinho que animava a mesa. Entre enxadas e colheitas, também houve espaço para a música: ele, cantor e instrumentista talentoso, tocou acordeom e violão em bailes por toda a região, levando a alegria da música gaúcha, italiana e alemã a diferentes comunidades. Por mais de 15 anos formou dupla com um amigo, além de ter atuado como ministro da igreja e presidente da escola local.

​Juntos também foram pioneiros em projetos de fé, como um dos primeiros casais a fazer o Encontro de Casais com Cristo (ECC) em Ibicaré. A vida espiritual, aliás, sempre foi um pilar: a oração, o perdão e a perseverança se tornaram valores cultivados no lar. Como bem ensina o casal, "quando acontece alguma desavença, é preciso perdoar e retomar a amizade e o amor", enfatiza seu Olípio.

Entre conquistas e sacrifícios, guardam lembranças vivas, como a caminhada de mais de 5 km de mãos dadas no dia do casamento, atravessando sete rios até a igreja e depois de volta para casa — mesmo que o vestido de noiva tivesse se rasgado na barra. Ou ainda a construção, com as próprias mãos, da casa onde passaram décadas e que até hoje consideram um “presente de Deus” que não será vendido, apenas reformado para continuar abrigando memórias e encontros.

​Hoje, aos 74 anos de casamento, Ordálio e Ótilia são muito mais do que um casal: são símbolo de resistência, amor verdadeiro e fé inabalável. Sua história é um exemplo de que a vida a dois se constrói com paciência, trabalho, união e, sobretudo, perdão.

​Neste dia especial, a comunidade de Ibicaré se une em homenagem e gratidão pela inspiração que este casal representa. Que esta caminhada continue iluminada e que o legado de amor deixado por eles siga ecoando nas futuras gerações.




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